O excesso de suor incomoda você?
A hiperidrose é uma condição em que há produção exagerada de suor pelas glândulas sudoríparas, que nesse caso são hiperfuncionantes.
Ela pode ser classificada em primária focal e secundária generalizada.
A primária focal possui fator genético envolvido, acomete cerca de 5% da população e caracteriza-se pelo início dos sintomas na infância ou adolescência, com queixa de suor excessivo em áreas como axila, palmas das mãos, plantas dos pés, couro cabeludo, face e virilha.
Já a secundária generalizada tem início na idade adulta, caracteriza-se por produção de suor em excesso em todo o corpo, inclusive durante o sono, e está associada à alguma doença ou como efeito colateral de alguma medicação.
Conheça as causas de hiperidrose primária focal:
– idiopática ( quando não há causa conhecida)
– herança genética
– fatores emocionais
Saiba quais são as causas de hiperidrose secundária generalizada:
– infecções ( por exemplo tuberculose)
– cânceres ( por exemplo linfoma)
– diabetes tipo 2
– obesidade
– lesões na medula espinhal
– acidente vascular encefálico (AVE)
– menopausa
– hipertireoidismo
– distúrbios da glândula adrenal
– medicamentos ( por exemplo certos antidepressivos)
Para tratar a hiperidrose, em primeiro lugar precisamos determinar se existe alguma doença ou medicamento que esteja precipitando essa condição, já que o tratamento será direcionado para a causa base.
Nos casos de hiperidrose primária focal podemos utilizar desodorantes antitranspirantes à base de sais de alumínio para os casos mais leves. Particularmente indicamos o tratamento com toxina botulínica para os casos de hiperidrose focal moderada, podendo ser utilizada nas mãos, pés, axilas e couro cabeludo com ótimos resultados e duração de 6 a 9 meses, sendo necessário manter as aplicações nesses intervalos.
Para os casos mais graves, que não respondem a tratamentos clínicos, pode ser necessário o tratamento cirúrgico (simpatectomia torácica endoscópica). Essa cirurgia geralmente é indicada para hiperidrose palmoplantar, porém possui como inconveniente o risco de vir a desenvolver hiperidrose compensatória em outra parte do corpo.
Todos os tratamentos devem ser avaliados em termos de riscos, custos e benefícios junto ao médico.